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Não há como negar que a nossa vida sofreu diversos impactos e mudanças de rotina nos últimos meses. Levando este cenário em consideração, reunimos algumas tendências para 2022 para você ficar de olho no próximo ano.
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Afinal, foi a transformação digital, acelerada pela pandemia, que permitiu a digitalização de processos nos mais diversos setores, o que fica ainda mais evidente quando olhamos para as áreas de marketing, tecnologia e e-commerce. Vamos conferir o que nos espera nos meses que estão por vir?
Conteúdo
Com as novas formas de trabalho que vieram com a pandemia, os profissionais de marketing devem trabalhar cada vez mais focados em dados, em um formato colaborativo e remoto. Confira mais sobre este novo cenário:
Segundo um levantamento da Salesforce, a maior parte (78%) dos profissionais de marketing afirma que o engajamento do cliente já é orientado por dados. E, com a migração acelerada dos consumidores para o ambiente digital, a tendência é que esse número cresça cada vez mais.
Para se ter uma ideia, no último ano, foram gerados 40 trilhões de gigabytes de dados no mundo. Portanto, entre as tendências para 2022, os profissionais da área esperam um aumento de 75% no número de fontes de dados que usam, em comparação com 2020.
Mas é possível que você esteja se perguntando: por que mudar os processos do meu negócio para atuar com dados? O principal motivo está no fato de que as empresas que utilizam dados nas suas análises e ações têm uma vantagem sobre a concorrência. Isso porque, as tomadas de decisões importantes passam a ser orientadas por dados, não por achismos.
Levando em conta que grande parte das empresas pretende continuar adotando novos modelos de trabalho mesmo após o final da pandemia, o relatório da Salesforce aponta que os profissionais de marketing devem utilizar, cada vez mais, soluções que facilitam a integração e a colaboração dos times a distância.
Neste contexto, podemos citar ferramentas como Zoom, Skype e Google Meets para videoconferências, além de plataformas de planejamento e organização virtuais, como Trello e Google Docs. Assim, é possível que um time multidisciplinar trabalhe junto, tendo discussões mais ricas e fomentando o engajamento entre os profissionais conectados.
Então, escolha as ferramentas que mais se adequam à rotina de trabalho do seu time. O bom atendimento ao consumidor e os resultados financeiros positivos serão uma consequência desta atenção à sua equipe.
Quando falamos em novos modelos de trabalho, estamos falando, principalmente, dos formatos totalmente remoto ou híbrido, que têm sua continuidade como uma das maiores certezas para os próximos anos. Para 76% dos profissionais entrevistados no estudo da Salesforce, as mudanças na maneira com que colaboram e se comunicam com suas equipes durante o trabalho serão permanentes.
Mesmo com a distância física, a maioria dos entrevistados afirmou que se sentiu mais conectada a seus gestores, colegas e clientes durante o trabalho remoto, como mostra o gráfico abaixo:
Já ouviu falar no Metaverso? Em primeiro lugar, é preciso entender que o Metaverso não é algo novo, mas sim um conceito que surgiu na década de 1980, na literatura cyberpunk. É uma espécie de realidade paralela, onde se pode ter uma experiência de imersão.
Para passar uma sensação de realidade, o Metaverso conta com toda uma estrutura do mundo real para isso. Um dos exemplos mais conhecidos de Metaverso é o jogo Second Life.
Neste cenário, para as gigantes de tecnologia que passaram a investir em realidade virtual e no próprio Metaverso, como a Meta (antigo Facebook) e a Microsoft, a aposta é que novos avanços tecnológicos permitirão um barateamento maior dos aparelhos de realidade virtual, atingindo um público maior, e a melhoria das imagens gráficas, aumentando o grau de realismo.
E as marcas que conseguirem se destacar neste meio apresentarão um grande valor agregado. Talvez você esteja se perguntando: mas por que devo investir nesta estratégia de marketing? E por onde começar? Uma boa dica é apostar em influenciadores digitais e/ou em avatares para a sua marca. A apresentadora Sabrina Sato, por exemplo, hoje, tem a Satiko, seu personagem virtual que já cobra caro por publicidade.
A área da tecnologia foi a que mais alavancou os mais diferentes setores do mercado nos últimos meses. Das redes de fornecimento às verificações de segurança dos clientes, a tecnologia perpassa por todas as etapas de um e-commerce. E deve se fortalecer ainda mais em futuro próximo, como podemos conferir entre as tendências para 2022 a seguir:
Em outros tempos, considerado como um custo necessário para fazer negócios, o conjunto de fornecedores que atuam em parceria com você (ferramenta de e-commerce, ferramenta de automação de campanhas de e-mail marketing, fornecedores da matéria-prima para desenvolver os seus produtos ou fornecedores dos produtos em si, transportadoras etc.) está se movendo do back office para as linhas de frente, reforçando a importância da segmentação dos clientes e a diferenciação dos produtos.
Neste sentido, os varejistas estão mostrando a sua visão de futuro em descobrir nos seus fornecedores um instrumento de valor com foco no cliente. Eles estão extraindo mais valor dos dados que coletam e analisam, compartilhando com as suas redes de fornecimento. Assim, é possível explorar oportunidades super tecnológicas, como robôs, drones e reconhecimento de imagem para tornar as interações da rede de fornecimento mais eficientes e seguras tanto para os profissionais parceiros como para os clientes.
Ataques cibernéticos cada vez mais sofisticados vêm enfraquecendo as abordagens de segurança digital. Exemplo disso vem da grande rede de vestuário Lojas Renner.
Em agosto de 2021, o e-commerce da rede ficou fora do ar por cerca de dois dias seguidos por um ataque por ransomware, que acabou afetando o sistema de pagamento das lojas físicas também. O ransomware é uma espécie de sequestro dos dados dos clientes, em que os criminosos pedem um valor (geralmente, em criptomoedas) para devolver as informações. Estimativas apontam que a Renner pode ter deixado de gerar cerca de R$ 15 milhões de receita bruta a cada dia de fechamento do seu e-commerce.
Neste cenário, surge como uma grande tendência para 2022 a chamada arquitetura de confiança zero, onde cada solicitação de acesso deve ser validada com base em todos os pontos de dados disponíveis. Em um e-commerce, por exemplo, isso se daria solicitando mais do que a senha para ter acesso à loja online, podendo ser uma segunda verificação por e-mail, SMS ou biometria para acessar o aplicativo da loja pelo celular, por exemplo.
A jornada do cliente, a sustentabilidade, as compras passivas e as compras por redes sociais. Estes são pontos fundamentais, que irão ganhar cada vez mais força no e-commerce do futuro. Saiba mais sobre cada um deles:
“Quando eles precisam, não onde vão comprar” é o novo ponto de entrada para a decisão de compra do consumidor. Comprar nesta nova e corajosa economia é menos sobre escolher entre comprar produtos online ou em lojas e mais sobre como as compras se encaixam nas agendas dos consumidores. Os varejistas que fornecem informações de disponibilidade, remessa antecipada, dados online sobre o estoque da loja têm maior probabilidade de sucesso nesta nova era.
Um levantamento feito pelo Procon de São Paulo, por exemplo, registrou um aumento de 285% nas reclamações contra compras online de 2019 para 2020. Os principais motivos de reclamação neste ano são a demora ou não entrega do produto, com mais de 31,6 mil registros, seguidos por problemas com cobrança, com mais de 10,5 mil reclamações.
Portanto, apenas entregar no prazo não basta. É preciso ser transparente durante todo o processo de compra, da escolha do produto à entrega. Permita que o consumidor acompanhe todo o trajeto do produto até o seu endereço para deixá-lo mais tranquilo e menos ansioso com o recebimento da encomenda.
Além disso, sabemos que atrasos na entrega podem acontecer. É importante fazer o possível para evitá-los, mas, se esse for o caso, não deixe o cliente sem saber o que está acontecendo. Entre em contato com ele, explique o motivo e dê uma nova estimativa de prazo para que ele siga confiando no seu negócio.
Os consumidores voltam ao movimento de sustentabilidade, mas eles lutam com perguntas difíceis e respostas pouco claras. É mais sustentável alugar roupas (incluindo transporte para todo o país) ou comprar roupas e depois reciclá-las? Quem tem uma pegada de carbono menor: um carro elétrico ou um híbrido?
À medida que os consumidores navegam por essas difíceis compensações, as marcas devem se posicionar. Não subestime a inteligência do consumidor em relação às compensações de sustentabilidade e torne as suas mensagens de sustentabilidade tão claras e concisas quanto possível.
Ou seja, sustentabilidade não é mais algo opcional para as marcas e está entre as tendências para 2022. Os consumidores estão atentos e buscando fazer negócios com empresas transparentes e engajadas na causa. Conforme pesquisa da Unilever, 21% dos consumidores preferem comprar de marcas preocupadas com a questão ambiental. E muitas pessoas acabam pagando mais caro por produtos com selos de sustentabilidade ou orgânicos. Então, as marcas engajadas nesta causa apresentam um grande diferencial competitivo frente à concorrência.
Os consumidores estão em um estado constante de compras passivas. Eles compram enquanto navegam no Instagram ou TikTok, quando leem notícias online e durante as reuniões remotas com os colegas. De acordo com uma pesquisa da DoubleVerify, o consumo diário de mídia dobrou em 2020, permitindo ainda mais tempo para clicar em anúncios.
Mas é preciso estar atento: um cliente que compra de maneira passiva requer uma mensagem de marketing diferente. Por exemplo, um comprador passivo que percorre o Instagram pode responder melhor a um anúncio que o familiarize com os valores da sua marca ou que mostre a ele um conteúdo inspirador. Por outro lado, um cliente que digita seu produto em uma barra de pesquisa precisa de uma mensagem de marketing de fundo de funil ou, talvez, até de um cupom para encorajar a ativação e a conversão.
Estar presente nas redes sociais é cada vez mais importante para construir um relacionamento sólido entre marcas e consumidores. Os clientes estão mais conectados e utilizando as ferramentas digitais não só para lazer, mas também como fonte de busca, inspiração e, claro, compras.
Para se ter uma ideia, o consumo online se tornou um hábito para 86% dos brasileiros. É o que revela a pesquisa Social Commerce. O levantamento ainda mostra que 37% dos consumidores fazem uma visita às lojas digitais pelo menos uma vez por mês em busca de ofertas, e 23% acessam a rede semanalmente para fazer compras.
Devido ao aumento no volume de consumidores que estão aderindo a este modelo de compras, os gigantes das redes sociais (como Facebook e Instagram) já estão aprimorando os meios para receber pagamentos diretamente em seus aplicativos, incluindo a possibilidade de pagamento até mesmo pelo WhatsApp. Este movimento vem viabilizando um novo tipo de comércio, no qual você precisa ficar de olho nos próximos anos.
O uso do WhatsApp para negócios cresceu 251% em 2021, segundo o Panorama Mobile Time/Opinion. E a grande aposta para o próximo ano são os pagamentos realizados dentro da própria plataforma via WhatsApp Pay. Isso porque a jornada do cliente poderá ser realizada completamente dentro do aplicativo, combinando a opção de pagamento dentro da conversa com o catálogo de produtos da loja, horário de atendimento, mensagens informativas etc.
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