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5 tendências do e-commerce para 2021

  • timer 21/01/2021
  • 4 min de leitura

A pandemia de Covid-19 mudou a forma de comprar e vender, acelerando a adesão ao digital e expandindo as possibilidades do e-commerce. Em 2021, os negócios online devem continuar usando diversas ferramentas digitais que ganharam espaço nos últimos meses, como assistente virtuais e realidade aumentada, além de explorar alternativas ainda pouco usadas, como a venda por lives, proporcionando a interação dos clientes. 

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O que 2021 reserva para o e-commerce

Em tempos de crise, acontecem grandes mudanças. No ano passado, cerca de 1,3 milhão de lojas migraram para o digital, e boa parte dos consumidores passaram a comprar exclusivamente pelo mobile, conforme o Mercado Pago. Esse cenário gerou crescimento do e-commerce em 56,8% de janeiro a agosto de 2020, em relação ao mesmo período de 2019, segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

A previsão é um crescimento de 26,1% do setor em 2021, com faturamento de R$ 110 bilhões, conforme a Ebit/Nielsen. Neste contexto, surgem várias inovações, que têm o objetivo de oferecer a melhor experiência de compra para o cliente a partir da implantação de tecnologias que unem os mundos digital e físico.

Selecionamos algumas das tendências que devem imperar no e-commerce em 2021, confira: 

1. Assistentes virtuais

O que Magazine Luiza, Natura e Casas Bahia têm em comum? As três empresas contam com assistentes virtuais inteligentes, com rosto e personalidade, sendo eles, respectivamente, a Lu, a Nat e o CB, que estampam as redes sociais e plataformas das marcas como verdadeiros influenciadores digitais. 

Os negócios online estão desenvolvendo “pessoas” digitais, com nome próprio, interesses e até signo para interagir com os consumidores durante toda a jornada de compra. Dotados de inteligência artificial, esses assistentes aprendem sobre as preferências dos clientes e são capazes de fazer sugestões cada vez mais acertadas, o que se torna benéfico para o e-commerce, que consegue coletar informações variadas sobre o perfil da clientela, e para o comprador, que é contemplado com atendimento mais humanizado e ágil. 

Outra alternativa que deve ser disseminada em 2021 são os assistentes virtuais por voz, que também oferecem praticidade na compra. Segundo a pesquisa Assistentes Virtuais por Voz, realizada pela Ilumeo, 70% das pessoas enxergam mais valor em uma marca, produto ou serviço que tenha assistente virtual por voz, sendo que 30% compram itens de uso doméstico, e 29%, produtos pessoais. 

2. Realidade aumentada e virtual

Aplicativo da Tok&Stok utiliza realidade aumentada que permite visualizar os móveis 

Usar o smartphone para verificar cor e tamanho de um produto com maior precisão é apenas uma das inúmeras aplicabilidades da realidade aumentada (AR), quando um objeto é projetado no ambiente físico, e da realidade virtual (VR), imersão completa em um espaço virtual, aliadas do e-commerce em 2021

Segundo a Virtooal, mais de 120 mil lojas usarão tecnologias AR e VR até 2022. A partir dessas tecnologias, os negócios online são capazes de simular experiências que, antes, eram possíveis apenas em compras presenciais, reduzindo as chances de o cliente devolver um produto, já que ele consegue verificar melhor o que está adquirindo. 

3. Logística reformulada 

Facilidades na hora da venda, entregas rápidas e drones. Essas opções são tendências para 2021 na logística do e-commerce, que precisam contemplar a necessidade (e pressa) dos consumidores. Algumas das alternativas são:

  • ship from store: utilizar o estoque da loja física para atender os pedidos online. 
  • entregas ultra rápidas: muitos clientes querem receber os produtos o quanto antes, o que leva o e-commerce a realizar entregas cada vez mais rápidas. A Amazon, por exemplo, com o Prime Air, promete entregas em até 30 minutos. 
  • drones: também com o objetivo de otimizar entregas, os drones podem ser aliados do comércio online. Inclusive, há modelos de drones que conseguem transportar até 200 kg. 
  • produtos rastreados: por meio da tecnologias de GPS otimizadas, o rastreamento dos produtos se torna muito mais preciso. 
  • Big Data: dados são essenciais para compreender o comportamento do cliente. Por meio deles, os negócios conseguem traçar estratégias personalizadas para cada região, como fazer promoção de um produto específico que tem ótima venda em uma determinada cidade. 

4. Social Commerce

O Instagram incluiu o Instashop e possibilita o uso de tags de preços em postagens. O Facebook lançou o Lojas, vitrine virtual que viabiliza a procura e a compra de produtos diretamente na página comercial do negócio. Outra rede que também está investindo no social commerce (compras via mídia social) é o Tik Tok, que permite seus criadores de conteúdo venderem produtos na plataforma. 

A tendência é que o e-commerce nas redes cresça 34% em 2021, conforme o Blazon.Online. Além disso, 70% dos consumidores buscam um produto no Facebook e Instagram antes da aquisição, segundo o Blazon, e 30% dos usuários pensam em comprar a partir das redes, afirma o Marketing Hub

5. Live commerce 

Eventos com influenciadores carismáticos, que apresentam produtos e serviços em lives com o objetivo de gerar vendas. Esse é o funcionamento do live commerce, ou live streaming, que já é gigantesco na China, movimentando US$ 60 bilhões anualmente e atingindo em torno de 560 milhões de pessoas em 2020 somente no país, como aponta a Forbes.  

Há várias formas de vender através de lives, como, por exemplo, em algumas transmissões ao vivo, os produtos têm contagem regressiva marcando os minutos e segundos até que o item esteja disponível. Em outros, o público pode receber descontos para comprar produtos durante um determinado período por meio de um código que aparece na tela. 

No Brasil, a Lojas Americanas fez lives com digital influencers conhecidos, gerando lucro 10 vezes maior, de acordo com o Meio & Mensagem. Outras empresas nacionais que aderiram à tendência foram a Riachuelo e a Renner. 

O e-commerce foi transformado nos últimos meses, levando as empresas a investirem em diversas tecnologias, repensar estratégias e plataformas para compra e vendas. Em 2021, o imperativo continua sendo proporcionar melhores experiências aos clientes, entretanto, com maior número de canais disponíveis para os negócios e ferramentas que possibilitam o cruzamento de compras físicas e online, além de imersão e comodidade para o consumidor.
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